Uma em cada 4 prefeituras usa pescado na merenda
Ministério da Pesca e Agricultura quer aumentar o consumo do alimento saudável nas escolas do país
O ministerio da Pesca e Aquicultura, disse nesta
quinta-feira (10) que apenas 26,9% das 5.565 escolas em todo o país incluem o pescado no cardápio da merenda
escolar pelo menos uma vez por semana.
Em
março, a pasta iniciou um levantamento detalhado, em parceria com o
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), sobre o consumo de
peixe nas escolas públicas. A coleta de dados, por meio de questionário
feito com nutricionistas e responsáveis técnicos pela alimentação
escolar, foi concluída no último dia 30.
A ideia, segundo o Ministro, é saber, por exemplo, se a escola tem câmaras
frigoríficas para estocar o alimento, se as merendeiras sabem preparar o
pescado e se há dificuldade na aquisição de peixe fresco na cidade.
Ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços
em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da
República, ele lembrou que o brasileiro consome, atualmente, 10 quilos
de peixe por ano. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é
que o consumo fique em torno de 12 quilos ao ano por pessoa.
“A média mundial chega a 16 quilos. Países como o Japão têm um consumo per capita de 30 quilos. Estamos diante de um grande manancial
e, ainda assim, consumindo pouco”, disse. “A verdade é que a gente
precisa desenvolver esse hábito nas crianças. Se elas não adquirem esse
hábito em casa, a ideia nossa é que o adquiriram nas escolas”,
completou.
O ministro destacou que a proteína do peixe é uma das mais nobres, pois
cada 100 gramas do alimento oferecem 30 gramas de proteína, pouca
gordura e muito ômega 3. Segundo Crivella, a pasta já está em contato
com o Ministério da Educação na tentativa de mostrar às crianças, por
meio de material didático, a importância do consumo do pescado.
Outra linha de atuação consiste em negociar, com o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a inclusão do peixe nas
programas atualmente implementados.
“Nosso futuro é brilhante. Os técnicos do BNDES [Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social] chegam a dizer que a indústria da
pesca no Brasil tem o potencial de ser um pré-sal, até com mais
longevidade. Tanto o gás quanto o óleo, um dia, vão acabar. Nosso
pescado não”, concluiu
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